Depois de um 2024 morno, com atualizações consideradas “tímidas” no Fold 6 e Flip 6, a Samsung retorna em 2025 com um salto significativo em seu portfólio de dobráveis. O Galaxy Z Fold 7 e o Galaxy Z Flip 7 são, segundo os primeiros reviewers, verdadeiras evoluções de hardware, marcando um novo capítulo na estratégia da empresa coreana.

Para novos consumidores, os modelos são surpreendentes: ultrafinos, leves e com acabamento premium. Para quem acompanha o mercado, fica a sensação de que a Samsung está “correndo atrás” das concorrentes chinesas que já haviam alcançado esses padrões. Seja como for, o resultado é positivo: os dobráveis estão mais usáveis, elegantes e potentes.

Galaxy Z Fold 7: mais leve, mais fino, mais completo

O Fold 7 é o destaque da linha. Agora com apenas 215 gramas e espessura de 8,9 mm fechado, o aparelho se aproxima do formato e peso de um smartphone tradicional. A dobradiça foi redesenhada, o chassi está mais fino e resistente, e o resultado é uma pegada muito mais ergonômica.

Tela interna: O painel aberto tem 8 polegadas, transformando o Fold em um verdadeiro tablet de bolso. A tela externa, por sua vez, se comporta como um smartphone tradicional, tornando o dispositivo mais versátil no dia a dia.

Câmeras: A grande novidade é a câmera principal de 200 MP, herdada do S25 Ultra. Embora as lentes ultrawide e teleobjetiva tenham sido adaptadas para o formato dobrável, a qualidade geral deu um salto. O único ponto negativo é o calombo traseiro, que deixa o aparelho instável sobre superfícies planas.

Desempenho: O chip Snapdragon 8 Elite for Galaxy, aliado a 12 GB (ou 16 GB) de RAM, garante fluidez em multitarefa e jogos. O Fold 7 estreia com o Android 16 e One UI 8, trazendo recursos aprimorados para telas grandes e multitarefa. A assistente Galaxy AI evolui e se destaca em edição de imagens e organização de apps.

Limitações do Fold 7: nem tudo são flores

Apesar das melhorias, o Fold 7 não escapou de algumas decisões polêmicas:

• Fim do suporte à S Pen: A caneta foi removida, junto com o digitalizador da tela interna. Segundo a Samsung, poucos usavam o recurso.
• Bateria estagnada: Mantém os mesmos 4400 mAh do ano passado. Em um mercado onde o Magic V5 da Honor oferece 5820 mAh em corpo mais fino, isso parece um retrocesso.
• Preço mais alto: Agora custa US$ 1.999, cem dólares a mais que o antecessor. Para um público já sensível a preços, esse aumento pode pesar.

Galaxy Z Flip 7: avanços e um sinal de alerta

O Flip 7 também evoluiu. O novo modelo tem tela interna de 6,9 polegadas e uma externa totalmente redesenhada, agora com 4,1 polegadas, borda a borda, muito mais brilhante e com 120Hz. O Flip finalmente oferece uma experiência completa mesmo fechado, com widgets, selfies e apps mais acessíveis.

A bateria aumentou para 4300 mAh, garantindo melhor autonomia. Porém, o retorno ao chip Exynos (2500) levanta preocupações. Apesar de não ser um mau chip, não tem o mesmo desempenho do Snapdragon 8 Elite. Esse movimento pode indicar um retorno da Samsung ao uso de chips Exynos em toda a linha S26.

Outros destaques do Unpacked

• Galaxy Watch 8: Novo design circular e recurso inédito para medir toxinas na pele via leitura do polegar.
• Flip 7 Fan Edition (FE): Versão mais básica com chip Exynos 2400 e preço inicial de US$ 899.
• Parceria com Ridge Wallet: Destaque para a promoção de verão com 49% de desconto em carteiras e acessórios com garantia vitalícia.

O Galaxy Z Fold 7 e o Z Flip 7 representam uma evolução real na estratégia da Samsung. Mais do que apenas atualizações de rotina, são produtos que mostram que a empresa voltou a apostar forte no mercado de dobráveis. Ainda há espaço para melhorias, especialmente em bateria e precificação, mas o salto em design e usabilidade é inegável.

Para quem esperava por um dobrável de verdade, 2025 finalmente entregou.