Superman (2025) – Com Spoiler – Análise Completa das Cenas Pós-Crédito e do Universo DCU em Formação
O filme Superman (2025), dirigido por James Gunn e lançado em 11 de julho de 2025, representa um verdadeiro recomeço para o herói mais icônico da DC e serve como pilar inaugural para o novo Universo DC (DCU). Estrelado por David Corenswet como Clark Kent/Superman, Rachel Brosnahan como Lois Lane, e Nicholas Hoult como Lex Luthor, o longa evita a tradicional “história de origem” e mergulha diretamente em uma Metrópolis onde o Superman já é conhecido.
Ao invés de focar apenas em batalhas e destruição, o filme se concentra em três pilares narrativos: a humanidade de Superman, a consolidação de um universo compartilhado, e a presença emocional de personagens como Krypto e Supergirl.
1. Superman Humanizado: Um Herói Imperfeito
James Gunn não quer um Superman distante e divino, mas sim um personagem com defeitos e emoções autêuticas. Isso fica claro em diversos momentos, mas especialmente na cena final dos créditos, quando Superman, após salvar o mundo, se mostra insatisfeito com si mesmo por ter feito um comentário sarcástico sobre um prédio reconstruído:
“Sou tão babaca às vezes…”
Mais do que um simples desabafo, a frase revela um personagem que não apenas se importa com salvar vidas (nenhuma vida é perdida no filme, nem mesmo a de um esquilo!), mas também com como ele é percebido pelos outros. É uma abordagem que busca o emocional, o cômodo, o humano.
2. As Cenas Pós-Crédito: Emoção e Humor
O filme apresenta duas cenas pós-crédito que, longe de serem puramente comerciais, funcionam como complementos de caráter e tom:
Cena do Meio dos Créditos: Superman e Krypto no Espaço
Em um momento de pura delicadeza, vemos Superman abraçando seu cão Krypto em órbita, contemplando a Terra. A cena é silenciosa, quase meditativa, e ecoa diretamente All-Star Superman, uma das HQs mais celebradas de todos os tempos. A referência não é sutil: é uma homenagem direta à cena em que o Superman contempla o planeta que jurou proteger.
Cena Final: Mister Terrific e um Prédio Torto
Na segunda cena, Superman está em Metrópolis ao lado de Mister Terrific (Michael Holt), analisando os estragos causados por um buraco negro. Quando Superman aponta que um prédio está “meio torto”, Terrific responde com um olhar de impaciência. O momento é mais cômico do que revelador, mas dá pistas sobre futuras colaborações.
3. Supergirl, Peacemaker e o Começo do DCU
O filme está cheio de easter eggs e cameos que já começam a montar um quebra-cabeça maior:
- Supergirl (Milly Alcock) aparece na cena final do filme, chegando na Fortaleza da Solidão. Sua personalidade contrasta com a de Superman: mais rebelde, divertida e moldada por uma vida sob um sol vermelho. Sua introdução é central para o próximo longa da DC: Supergirl: Woman of Tomorrow (estreia prevista para junho de 2026).
- Peacemaker (John Cena) e Maxwell Lord (Sean Gunn) aparecem brevemente em transmissões de TV.
- A “Justice Gang” ou “Justice Society”, que sobrevive a um conflito global provocado por Lex Luthor, é mencionada.
- Lobo (Jason Momoa) é confirmado para o filme da Supergirl, conforme rumores brasileiros.
4. Krypto: O Cão Que Roubou a Cena
Krypto é muito mais que um mascote engraçado. Ele é a âncora emocional de Clark. Apesar de agir como um cão comum, suas habilidades superpoderosas resultam em cenas hilárias e comoventes. Mais ainda: ele é revelado como o companheiro original da Supergirl, o que deve consolidar sua presença nos próximos filmes.
5. O Significado Maior das Cenas
O que torna essas cenas especiais não é o que prometem para o futuro, mas o que revelam sobre o presente:
- Humanizam Superman com vulnerabilidades emocionais.
- Apresentam personagens como Mister Terrific e Krypto de forma natural e envolvente.
- Estabelecem um tom coeso e uma visão de universo compartilhado sem pressa.
O que isso significa?
Superman (2025) é um sucesso porque entende o que torna o herói relevante: não são seus poderes, mas sua empatia. James Gunn entrega um filme que reintroduz o Superman com emoção, humor e esperança, e ao mesmo tempo prepara terreno para um DCU mais sólido e orgânico.
As cenas pós-crédito, longe de serem meros ganchos, são reflexos disso: momentos de carinho, humanidade e possibilidades.
Se você ainda não viu o filme, espere até o fim dos créditos. Vale cada segundo.
Compartilhe
Publicar comentário